sexta-feira, 15 de junho de 2012

Análise Critica Vygotsky/Wallon


“Através dos Outros, nos Tornamos Nós Mesmos.”

Para Vygotsky as Relações Interpessoais é de fundamental importância para que haja o desenvolvimento do aprendizado, portanto, necessitamos de interagir, trocar informações e experiências... pois, não há grandes expectativas no aprendizado se caminharmos sozinhos. O individuo se encontra no outro. O Individual é resultado da construção da relação com o coletivo. E é através da linguagem e dos símbolos trocado com os outros que o individuo começa a interagir e internalizar o aprendizado. O papel do professor é mediar este aprendizado e também ser uma fonte de motivação, sempre buscando elevar o auto-estima do aluno, e valorizando-o, porque quando o aluno é estimulado e motivado aprende com mais alegria e facilidade, isso favorece e muito o seu desenvolvimento. E isso foi bem visível no trabalho sobre Motivação que meu grupo realizou. Onde o sucesso de alunos de baixa-renda em vestibulares de universidades públicas, foi alicerçado na Motivação Intrínseca de seus alunos. As Emoções segundo Wallon são as primeiras manifestações afetivas que são de fundamental importância para a interação/incentivo do aluno com o aprendizado. Esse foi outro aspecto fortemente ligado na Motivação e Sucesso, onde o professor como um mediador do aprendizado deve tomar como um desafio maior do que apenas passar o conteúdo didático.

A construção do “eu” do indivíduo está na fusão emocional e o processo de individuação, segundo Wallon, é caracterizado de duas formas:

- imitação do outro = maneira de “incorporar o outro”, o outro como modelo, referência.
- negação do outro = para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de condutas de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo.

Após fazer o estágio, esse processo de individualização, foi o que mais esclareceu o perfil dos alunos do cursinho comunitário o qual fizemos o estágio, onde de forma generalizada incorporamos a história de vida de cada membro (professor/aluno) como exemplo de perseverança. E para que esta motivação ocorra é necessariamente importante que o professor conheça o aluno e sua história de vida, ficar próximo dele saber seus interesses e sonhos para, a partir daí preparar aulas atrativas, desafiadoras e significativas que atendera as necessidades e aos interesses da turma.
Tende em vista este compromisso e responsabilidade social e educativa, um dos fatores intrinsecamente importante para o professor é a forma de avaliar, ele precisa mudar sua concepção de avaliação para desenvolver uma prática avaliativa mediadora. Deve buscar sempre uma avaliação digna que esteja a serviço dos alunos com um olhar direcionado as dificuldades e avanços. Assim ele poderá traçar uma estratégia pedagógica profunda e consistente na tarefa de mediar o conhecimento junto aos alunos.
 Vygotsky, sem sombra de dúvidas, uma das suas maiores contribuição em sua teoria foi
a criação do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal:

Zona de desenvolvimento proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento potencial
Conhecimento real: é aquele em que há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado. Exemplo: sei fazer Miojo. (rs...)

Conhecimento potencial: é aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber fazer miojo e ter o domínio sobre isso, só consigo fazer uma boa feijoada com a ajuda de quem já tem esse domínio, pois essa pessoa pode me auxiliar de maneira que eu não me perca e que no final eu acerte o tempero e ninguém corra o risco de sofrer de hipertenção. E claro, com o tempo eu possa ter esse domínio sem auxilo.

A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o “lugar imaginário” onde o professor deve atuar/mediar o aluno. Essa Zona é um infinito particular. Se tivermos 40 alunos numa sala de aula, teremos quarenta ZDP diferentes. Portanto, temos que saber lidar com esta diferença e estimular o potencial de cada um fazendo com que este “espaço branco” entre em que o agotluno já sabe e tem o domínio e o que ele tem o potencial de fazer seja preenchido.

Analisando esses conceitos (Vygotsky e Wallon) pude compreender qual o melhor o caminho a seguir como mediadora, saber lidar com as particularidades de aprendizado e como este papel é impactante na vida de alguém, seja de maneira positiva ou negativa.




Luciene Silva dos Santos RA 094086

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