“Através dos Outros, nos Tornamos Nós Mesmos.”
Para Vygotsky as Relações Interpessoais é de
fundamental importância para que haja o desenvolvimento do aprendizado,
portanto, necessitamos de interagir, trocar informações e experiências... pois,
não há grandes expectativas no aprendizado se caminharmos sozinhos. O individuo
se encontra no outro. O Individual é resultado da construção da relação com o
coletivo. E é através da linguagem e dos símbolos trocado com os outros que o
individuo começa a interagir e internalizar o aprendizado. O papel do professor
é mediar este aprendizado e também ser uma fonte de motivação, sempre buscando elevar o auto-estima
do aluno, e valorizando-o, porque quando o aluno é estimulado e motivado
aprende com mais alegria e facilidade, isso favorece e muito o seu
desenvolvimento. E isso foi bem visível no trabalho sobre Motivação que meu
grupo realizou. Onde o sucesso de alunos de baixa-renda em vestibulares de
universidades públicas, foi alicerçado na Motivação Intrínseca de seus alunos.
As Emoções segundo Wallon são as primeiras manifestações afetivas que são de
fundamental importância para a interação/incentivo do aluno com o aprendizado.
Esse foi outro aspecto fortemente ligado na Motivação e Sucesso, onde o
professor como um mediador do aprendizado deve tomar como um desafio maior do que
apenas passar o conteúdo didático.
A construção do “eu” do indivíduo está na fusão emocional e o processo de individuação, segundo Wallon, é caracterizado
de duas formas:
- imitação do outro = maneira de “incorporar o outro”, o
outro como modelo, referência.
- negação do outro =
para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de
condutas de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo.
Após fazer o estágio, esse processo de individualização, foi o que mais
esclareceu o perfil dos alunos do cursinho comunitário o qual fizemos o
estágio, onde de forma generalizada incorporamos a história de vida de cada
membro (professor/aluno) como exemplo de perseverança. E para que esta
motivação ocorra é necessariamente importante que o professor conheça o aluno e
sua história de vida, ficar próximo dele saber seus interesses e sonhos para, a
partir daí preparar aulas atrativas, desafiadoras e significativas que atendera
as necessidades e aos interesses da turma.
Tende em vista
este compromisso e responsabilidade social e educativa, um dos fatores
intrinsecamente importante para o professor é a forma de avaliar, ele precisa
mudar sua concepção de avaliação para desenvolver uma prática avaliativa
mediadora. Deve buscar sempre uma avaliação digna que esteja a serviço dos
alunos com um olhar direcionado as dificuldades e avanços. Assim ele
poderá traçar uma estratégia pedagógica profunda e consistente na tarefa de
mediar o conhecimento junto aos alunos.
Vygotsky, sem
sombra de dúvidas, uma das suas maiores contribuição em sua teoria foi
a criação do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal:
Zona de desenvolvimento proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real
e conhecimento potencial
Conhecimento real: é aquele em que há o domínio, aquilo
que se conhece, sabe, articula. É passado. Exemplo: sei fazer Miojo. (rs...)
Conhecimento potencial: é aquele que se pode dominar com a
ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber fazer miojo e ter
o domínio sobre isso, só consigo fazer uma boa feijoada com a ajuda de quem já tem esse domínio, pois essa pessoa pode me auxiliar de maneira que eu não me perca e que no final
eu acerte o tempero e ninguém corra o risco de sofrer de hipertenção. E claro, com o tempo eu possa ter esse domínio sem auxilo.
A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é
chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o “lugar imaginário” onde o
professor deve atuar/mediar o aluno. Essa Zona é um infinito particular. Se tivermos 40 alunos numa sala
de aula, teremos quarenta ZDP diferentes. Portanto, temos que saber lidar com
esta diferença e estimular o potencial de cada um fazendo com que este “espaço
branco” entre em que o agotluno já sabe e tem o domínio e o que ele tem o
potencial de fazer seja preenchido.
Analisando esses conceitos (Vygotsky e Wallon) pude compreender qual o
melhor o caminho a seguir como mediadora, saber lidar com as particularidades
de aprendizado e como este papel é impactante na vida de alguém, seja de
maneira positiva ou negativa.
Luciene Silva dos Santos RA 094086
Luciene Silva dos Santos RA 094086
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