sexta-feira, 15 de junho de 2012

As Escolas Públicas e as Teorias Vygotskyana e Walloniana.

No cenário da educação das escolas públicas, me atento para o estado de São Paulo, com uma importância para o ensino e a aprendizagem dos alunos na realidade de hoje é muito complexa devido a uma série de fatores: condições de trabalho, salário dos docentes, melhorias na arquitetura da escola, inclusão verdadeira da tecnologia e etc.
No aspecto de “entendermos” melhor o aluno, com respeito a educação para ter conhecimento e seguir com um futuro promissor, temos que trabalhar na criança. Neste caso, Piaget poderia ajudar, mas seus esquemas de desenvolvimento não condizem com a realidade de hoje. Então vou recorrer a um personagem que também é muito importante de se citar: Vygotsky.
Quero me centrar na teoria Vygotskyana com respeito ao ensino e aprendizagem, como um bom docente.
No caso dos docentes, vamos atuar como mediadores para ajudarmos o aluno naquilo que ele não consegue fazer, pensar, assimilar, interpretar e outras virtudes que o aluno vai adquirir.
Vygotsky afirma, sobre o desenvolvimento de uma criança: “(...) normalmente, quando nos referimos ao desenvolvimento de uma criança, o que buscamos compreender é até onde a criança já chegou, em termos de percurso que supomos, será percorrido por ela”. (Livro Implicações Pedagógicas do modelo Histórico-cultural – Julho/2000 – Autora: Marta Kohl de Oliveira – páginas 12 e 13).
Um dos pontos centrais da teoria Vygotskyana é o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que Vygotsky afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial.
Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) do aluno, para assim intervir a mediação.
As interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, Vygotsky sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito (mediador/professor).
Para Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta a científica para ampliar os conhecimentos daquele que aprende de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital.
Também posso acrescentar a participação de outro personagem, Henri Wallon, mas numa questão de desenvolvimento da criança quanto à afetividade e a inteligência. O desenvolvimento é movido por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à combinação de acomodação, assimilação e equilíbrio na teoria piagetiana. Nesse ponto existe uma aproximação com Piaget, pois Piaget trabalha com os esquemas de desenvolvimento no sujeito. Entretanto, ao contrário de Piaget, Wallon acreditava que o processo não é tão bem delimitado, mas constante, podendo haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar as atividades anteriores ao estágio. Um estágio não suprime os comportamentos anteriores, mas sim os integra, resultando em um comportamento que é a acumulação das partes.
Quanto à afetividade, por sua vez, seria a primeira forma de interação com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento.
À medida que o movimento proporciona experiências à criança, ela vai respondendo através de emoções, diferenciando-se, para si mesma, do ambiente. A afetividade é o elemento mediador das relações sociais primordial, portanto, dado que separa a criança do ambiente.
As emoções são a base do desenvolvimento de outro campo funcional, que é a inteligência.
A inteligência tem um significado bem específico, estando diretamente relacionada com duas importantes atividades cognitivas humanas: o raciocínio simbólico e a linguagem. À medida que a criança vai aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos. Ao mesmo tempo, e relacionadamente, as habilidades linguísticas vão surgindo no indivíduo, potencializando sua capacidade de abstração.
As escolas hoje, poderiam adotar a teoria Vygotskyana, pois em nossa visão (docentes) é melhor do que a de Piaget e se adequa melhor as dificuldades do ensino e da aprendizagem dos alunos, que no futuro cidadãos no Brasil que carecem de educação de qualidade.

Nome: João Paulo Morais de Campos
RA: 119631
Grupo: Ensino e Aprendizagem

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